É um livro apaixonante,
para apaixonados por leitura.
É, na verdade, uma
compilação de ensaios, escritos pela autora e publicados numa coluna chamada ‘O
leitor comum’. São 18 ensaios que tratam de livros e da relação da autora com
os livros e a leitura. Ou, como diz na capa, é uma declaração de amor aos
livros.
A narrativa é bem humorada
e extremamente romântica. A autora é declaradamente apaixonada por livros, e
revela grande intimidade com o tema. Conta histórias lindas, engraçadas, suas,
de amigos e de sua família. Ela vive um verdadeiro romance com os livros.
Fala
de tudo o que é relacionado a livros, desde organização de biblioteca
particular até o modo que um livro deve ser tratado. Defende, inclusive, que um
livro não serve apenas para ler, mas para riscar, rasgar, anotar e até mesmo
servir de calço para mesas e bancos. Enfim, a maior tragédia que pode acontecer a um livro é não ser lido, não é verdade? segundo a autora, sim.
Devemos ser amantes carnais ou amantes corteses? Estou mais para amante carnal possessiva, pois tenho livros rabiscados, sujos e fedidos, mas não admito outra pessoa com dedos gordurosos folheando as minhas páginas babadas.
O melhor momento é o
capitulo Nada de Novo Sob o Sol, sobre plágios e plagiadores, ou melhor, sobre
os “assaltantes do intelecto dos outros”, ou melhor ainda, sobre
os “dedos leves” literários. Engraçadíssimo.
Destaque para a edição
cuidadosa da Jorge Zahar.
“A coisa mais permanente – e, portanto, para o amante cortês, a mais terrível – que alguém pode deixar num livro são suas próprias palavras.”
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