Comecei um arco muito
bom nesse volume 14, a história de Sasaki Kojiro.
Estava bem curiosa para
conhecer o dono do certificado de quem Matahachi roubou
a identidade. Encontrar um samurai surdo superou todas as expectativas.
A princípio
estranhei um pouco a ausência do protagonista Musashi, mas a verdade é que
Kojiro é um personagem tão impressionante que rivaliza em importância com o
próprio Musashi. Depois desses volumes, confesso, não sentir falta de Musashi e
até gostaria de continuar com Kojiro. Ao mesmo tempo, temo e desejo um encontro
entre os dois. Não gostaria de ver Kojiro perecer pela espada de Musashi, mas,
que embate incrível seria! Sei que esse encontro deles se dará mais cedo ou
mais tarde, porém, desejo que seja bem mais tarde.
Nesses volumes, então, conhecemos um bebê órfão, criado por um samurai aposentado, Kanemaki Jisai. Acompanhamos o crescimento de Kojiro, a sua relação com a espada, com seu pai adotivo e com as pessoas do vilarejo onde mora. O início medonho nos confrontos com a espada e a relutância de seu pai em permitir que ele se torne um samurai. A surdez não é um problema, pelo contrário, aguça os outros sentidos, tornando-o mais forte.
Esse arco é o meu
preferido até aqui, faz uma brincadeira muito interessante com o tempo e com a
cronologia dos volumes. Volta muitos anos no passado para contar a origem de
Kojiro, mas aqui e ali nos conecta com a trajetória de Musashi, como no momento
em que dois agricultores conversam sobre a possibilidade de uma guerra próxima,
que atrapalharia a colheita, uma referencia a batalha do início do mangá. Esses pequenos vislumbres da história de Musashi são para nos lembrar que a história é outra, que esses volumes são apenas um desvio da história principal. Também traz de volta o certificado que Matahachi encontra lá no início, revelando o seu
real significado. E que surpresa a identidade do portador do certificado! Não
dava pra imaginar que o desfecho do passado de Kojiro teria relação com o início da historia de Matahachi e Takezo.
Preciso destacar um trecho belíssimo desse arco: a primeira batalha de Kojiro, numa praia sob a luz do luar. Contada de forma alinear, mostrando momento posteriores a batalha, com o sol nascendo, e voltando pra mostrar o desfecho do confronto, ainda sob a luz da lua. Muito bom!
"Aquele que desconhece o medo é o primeiro a morrer"
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