segunda-feira, 3 de abril de 2017

Extra Stuff - Lemony Snicket: Desventuras em Série - 1ª temporada Netflix

A primeira temporada de Desventuras em Série da Netflix abraça os acontecimentos dos primeiros quatro volumes: Mau começo, A Sala dos Répteis, O Lago dos sanguessugas e Serraria baixo-astral.

Concluí a série neste mês de março, depois de ter lido os livros correspondentes. E devo dizer que foi uma experiência muito boa e divertida. Primeiro que reler a série inteira tem sido maravilhoso, gosto muito do autor e acho a série toda incrível. E a adaptação da Netflix está muito bem feita. Dá pra sentir o cuidado e o carinho da produção nos mínimos detalhes. Essa série é um deleite para os fãs, e acredito que vai agradar os novos expectadores.

Em relação aos livros, muitas mudanças, pequenas, grandes, mas todas elas estão no clima do livro, poderiam ter acontecido sem problemas na história original. Aponto a importância dada aos personagens Gustav e o garçom Larry, que nos livros tem participações pequenas ou irrelevantes. Gostei também da adição da personagem inédita Jaqueline, que eu acho que é na verdade Kit Snicket, ou uma versão feminina de Jacques Snicket (serie muito bom se fosse). Ah! aprovei o espaço maior dado a toda a trupe do Conde Olaf, as duas mulheres de cara branca estão assustadoras, e Ele/Ela tá mais pra ele do que pra ela.

Inicialmente não tinha me agradado da participação dos "pais" dos órfãos, mas me deixei levar por sentimentos de esperanças e caí na armadilha. Ora! a história dos órfãos Baudelaire não tem final feliz, eu devia saber disso. Caí como um patinho e fiquei com o coração despedaçado. 💔

Sobre o elenco, destaco K. Todd Freeman (Sr. Poe) e Alfre Woodard (Tia Josephine)ambos excelentes! deram novas camadas aos personagens e ainda os deixaram mais engraçados. Tenho certa implicância com elenco infantil de filmes e séries, mas deste não tenho do que reclamar, não tenho muitos elogios também. Acho que a narração ajudou bastante nas partes em que se exigiria mais atuação dos atores mirins. Neil Patrick Harris está excelente, e parece ter se divertido muito como Conde Olaf. Os disfarces ficaram incríveis, principalmente Shirley.

Adoro igualmente todos os três irmãos Baudelaire dos livros, mas confesso que me encantei com a bebê Sunny da série da Netflix. Ela é minha personagem favorita da série. Essa bebezinha foi responsável por grande parde das minhas gargalhadas (com a víbora incrivelmente mortífera, roendo aquela pedra no episodio 1, e também se segurando pelos dentes no episódio 3, dentre outros momentos).  Não sei se são meus olhos de fã, mas até nas cenas toscas, que dava pra ver que era um boneco, eu adorei e achei graça. Achei um tosco bom, engraçado. Infelizmente, faltou o duelo final Sunny X Dra. Orwell, senti falta...

Como já mencionado, achei a produção impecável. A maquiagem de Conde Olaf está toscamente perfeita, e os cenários muito bem construídos. E os figurinos das crianças! cada roupinha de Sunny eu pausava pra me regozijar. Quando se tem uma produção bem feita, tudo chama a atenção. E até as músicas ganham destaque pela qualidade. A da abertura ganhava nova letra a cada episódio e a do final é engraçada e melancólica, ao mesmo tempo.

Por fim, achei a série muito divertida, apesar de muito triste. Esse sentimento conflitante é o charme da história. Estou super ansiosa para a segunda temporada, esperada para 2018. Enquanto não chega, continuo com a releitura dos livrinhos restantes.

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