
Erística, até então não conhecia essa palavrinha. A erística é um dos ramos da dialética que não tem como propósito a verdade, mas a ilusão da verdade. Aqui as aparências importam. Na erística, o que vale é a obtenção da razão, sem se preocupar com os fatos ou com a verdade.
Schopenhauer criou os seus estratagemas baseado na dialética erística, e logo na lição número 1, diz que "o que importa não é a verdade, mas a vitória". Em outro ponto, sugere enraivecer o adversário, para que o seu raciocínio falhe e a vitória se torne mais fácil. Propõe também classificar o argumento do oponente em grupos odiosos, como nazismo e fascismo. Se, em alguns pontos as dicas são desonestas, em outros, dá pra acolher o ensinamento. Como no truquezinho ensinado com as palavras inovação e mudança. Ou quando aconselha generalizar o argumento do oponente, para torná-lo mais frágil.
Se este livro possui um ponto negativo, seria na decisão de não traduzir os termos em latim, grego, francês, etc... deixando o leitor que não tem conhecimento dessas línguas (o meu caso), um pouco perdido na leitura.
De qualquer forma, o livro se mostrou surpreendente. Imperdível para os que gostam de um bom debate. E um bom aprendizado para aqueles que gostam de estar sempre com a razão.
Estratagema 8: Provocar raiva no adversário, pois, tendo raiva, ele não estará em posição de julgar corretamente nem de perceber a própria vantagem. Para deixa-lo com raiva é preciso ser injusto com ele, de modo declarado, atormentando-o e comportando-se, em geral, com impudência.
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