É uma novela epistolar, onde a história é contada através de troca de correspondências entre os personagens. No caso desse livro, são usados também mensagens de celular, bilhetes e transcrição de gravação de áudio. O que deixou a narrativa bastante diferenciada.

Na parte final, há uma mudança de protagonismo e na narrativa. A filha de Bernadete, Bee, passa a ser narradora e não temos mais o formato epistolar. O que causou um certo estranhamento, já que o livro seguia num ritmo excelente até essa mudança. E a menina Bee não tem o mesmo carisma da mãe. Nesse ponto da história o livro perde um pouco o seu encanto, e se torna melodramático e cansativo. Mas não comprometeu totalmente a história. E a reviravolta que inicia esta mesma parte final é sensacional.
Aliás, não posso dizer que toda a parte final foi cansativa, pois a trama dessa parte se desenrola durante um cruzeiro na Antártida (passagem de Drake, pinguins e muito frio!) É muito interessante e deixa a vontade de fazer uma viagem como esta. Além de conhecer um pouco sobre os aventureiros que desbravaram o continente no passado. Estou, inclusive, pesquisando biografias de exploradores da Antártida por causa desta leitura.
Por fim, gostei bastante do livro e do estilo da autora. Uma pena que o outro livro dela, This one is mine, ainda não tem tradução no Brasil.
Quando 'Here comes the sun' começou, sabe o que aconteceu? Não, o sol não saiu, mas mamãe se abriu como a luz do sol atrás de uma barreira de nuvens. Sabe quando, nas primeiras notas dessa música , alguma coisa na guitarra de George soa tão otimista? Era como mamãe cantando. Ela também transbordava otimismo. E acertou até mesmo as palmas fora do tempo durante o solo de guitarra. Quando a música chegou ao fim, ela pausou o CD. "Oh Bee", ela disse. "Essa música me faz lembrar de você."
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