A história se passa no futuro, no ano de 2029, e acompanha
as missões da seção 9, um grupo antiterrorista, especializado em crimes
cibernerticos e composto por ciborgues e humanos. A protagonista é a Major
Motoko, uma ciborgue de personalidade despachada e com senso de humor apurado.

Além disso, não existe desenvolvimento de personagens, todos
eles são apresentados de forma superficial. Não sei se foi intencional, já que
a maioria é robô. Mas fica dificil se apegar a personagens sem substância. A leitura é cansativa, e só apresenta algum
vigor na terceira e última parte, quando aparece o vilão Mestre dos fantoches.
Para os pontos positivos, destaco as notas de rodapé. O
autor usa bastante esse recurso ao longo do mangá para conversar com o leitor
sobre a própria obra, sobre ciência, filosofia e assuntos aleatórios. Pra mim, ficou
sendo a melhor parte do livro, pois instiga algumas reflexões interessantes (como
quando pergunta: Quais são os três maiores acontecimentos da humanidade? Eu diria:
a roda, o fogo e a eletricidade.)
Outro aspecto interessante é a sociedade futurista em que a
história é ambientada. Composta por humanos e robôs, tecnologias avançadas, etc.
Também achei interessante existir uma certa hierarquia entre os robôs, sendo
alguns considerados de “baixo nível”, conforme a tecnologia utilizada ou ano de
lançamento. Infelizmente, nenhum desses aspectos é apropriadamente desenvolvido
pelo autor.
Bom, o livro tem uma história confusa, que promete muito, mas
entrega pouco. A leitura é arrastada, apesar de ser um mangá (leitura de imagem, mais curta e mais
rápida). A impressão que fica é que poderia ter sido uma grande história, mas
que se perdeu em algum lugar entre roteiro e o desenvolvimento de personagens.
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